Exibida no SESC Pompéia, SESC Paladim, e no Mis de Campinas, a instalação Três (Três), revela a dança em um engenhoso conjunto de máquinas. O artista elabora um novo aparelho para voltar no tempo aos primeiros experimentos cinematográficos. Ele traz a dança serpentina para o olhar contemporâneo. A construção da imagem em movimento nos leva de volta ao praxinoscópio, uma máquina desenvolvida no final do século XIX que resultou na invenção do cinema.

A precisão das máquinas é obtida com a meticulosa habilidade artesanal da carpintaria aliada a uma tecnologia complexa. Os objetos, feitos por algoritmos programados, se movem e geram ruídos sonoros em tempo real. Com um pouco mais de atenção é possível observar o detalhe: uma pequena bailarina escapa ao toque, flutua na imagem com um movimento sutil, solta na luz, mas presa nas máquinas.