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Cine Sônico

Uma parceria entre os artistas Roberto Freitas e O Grivo.

O projeto cria trilha sonora ao vivo para filmes silenciosos do início do século XX.

até agora mantemos 2 programas, um longa  e uma coletânea de curtas.

 

Nosferatu – Eine Symphonie des Grauens - F. W. Murnau - 01'34" - 1922

Emak bakia - Man Ray - 16’’ - 1926

Anemic Cinema - Marcel Duchamp - 6” - 1926

Entr’act - Renne Clair - 20’’19’

Rhythmus 21 -  Hans Richter - 3 - 1921 

The Hearts of Age:  - Orson Welles - 8” - 1934

 

Para cada filme existe uma pesquisa de possibilidades de diálogo trilha / filme . 

 

Por vezes toda a trilha sonora é construída no limite entre música e sonoplastia; outras vezes cria-se apenas uma atmosfera musical que diálogo com o filme como que remotamente deixando de lado qualquer necessidade de pontuação sonoplástica; etc.

 

Por vezes a trilha sonora funciona de maneira harmônica com o filme no que diz respeito à sua montagem, temática, etc. Por vezes quando os filmes convidam a uma abordagem mais livre dá-se a construção de estruturas cuja articulação prescinde de uma progressão didática ou tradicional, baseada na continuidade.

Em ambos os casos as propostas são constituídas por materiais musicais distintos no que se refere ao timbre, à característica rítmica etc; e ainda no que se refere às estratégias de diálogo entre os músicos.

 

Frequentemente são criadas estruturas estruturas musicais capazes de forjar ambientes que tenham relações analógicas com a realidade :

cidade  /  campo  /  fábrica  /  parque  /  etc

 

A “leitura” do filme se dá desde dois ângulos distintos :


    1 - o filme como partitura - mesmos sons e formas para as mesmas imagens;
   2 - o filme como convite à improvisação.

No caso da opção pelo diálogo mais livre para com o filme a estratégia de diálogo caminha no sentido de um olhar mais atento aos aspectos formais das obras, em detrimento do caráter  psicológico de cada filme.
É importante ainda o trabalho com parâmetros de montagem comuns ao cinema desta época e à “Música Nova” : 

 

A instrumentação utilizada para a execução musical é muito variada. São utilizados uma série de instrumentos tradicionais (percussão, sopros, cordas, etc); vários objetos do cotidiano que produzem som; máquinas sonoras; e ainda vários instrumentos eletrônicos.

 

Este conjunto de instrumentos cria uma terceira camada de informações junto aos filmes e as trilhas sonoras. Desta maneira o público acompanha também os movimentos dos músicos nos seus atos de produção dos sons.

 

Tudo isso torna o espetáculo extremamente vivo. Como se o filme transbordasse da tela acionando músicos, instrumentos e objetos.

 

Alguns conceitos / ideias de Jean Epstein e Dziga Vertov, cineastas cujas obras são fundamentais para os desdobramentos do cinema, desde o período mudo, orientam a construção deste diálogo musical.

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